A palavra ETHOS vem do grego, que significa ética, e ética significa o modo de ser, comportamento, caráter. Estudo o modo do ser humano viver seu cotidiano em sua sociedade.
Com as eleições se aproximando (sim, teremos em outubro deste ano, para deputados, senadores, governador e presidente), vai voltar a ser moda todo aquele "papinho de boteco" que diz o seguinte:
"O político Tal não tem ética suficiente para governar"
"O candidato para senador nunca teve ética em toda a sua vida"
Entre outras tantas frases do gênero.
Mas me pergunto, e você, leitor? Tens ética?
Há uma frase que eu ouvi anos atrás, que é mais ou menos assim: "Nossos políticos nada mais são que aquilo que o povo é."
E agora? Deveremos dizer que nossos políticos são éticos, não corruptos e que fazem política pensando no bem geral da população brasileira?
Vamos e convenhamos, sabemos que não é nada disso. Mas se sabemos que eles não são éticos, não fazem política pensando no bem da população e são corruptos, e que eles são aquilo que o povo é, chego a conclusão que NÓS SOMOS corruptos, sem ética e pensamos egoisicamente.
E, infelizmente, é verdade.
Vejamos alguns exemplos:
1) Esperando o troco de um lanche e o garçom dá, sem querer, um real a mais. A maioria sai cantando vantagem com esse 'dinheirão', e ainda chama o garçom de burro.
2) Em casa, quando está fazendo uma festa com seus amigos, dificilmente vai se pensar que poderá estar atrapalhando o vizinho, com o som alto às 2 da madrugada. Afinal de contas, o vizinho que é um chato que tem um terrível hábito de dormir de madrugada. Quando, na verdade, era só diminuir o som.
3) No trabalho, quando um grupo de pessoas conseguiram a aprovação de uma determinada ideia, todo mundo quer ter a maior fatia do bolo, menos tendo feito pouco.
E são estas pessoas que votarão em outubro. Os que se orgulham de terem passado a perna no garçom, de incomodar o vizinho, de querer derrubar seu colega para ficar um patamar mais elevado ao dele.
É por essas e outras que temos esses políticos, pois eles são aquilo que o povo é!
Então, façamos diferente. Façamos juntos!
____
Um abraço,
até o próximo post.
Felipe Fagundes!
quarta-feira, 28 de julho de 2010
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Parte 3, FINAL.
Bem, após alguns meses sem nenhuma postagem no Blog, devido a inúmeros empecilhos, volto hoje com as postagens.
Terminarei a história de um cidadão como nós que fora abduzido pelos Concursos Públicos. ENtão, sem muitas "balelas", vamos ao Final, afinal de contas.
__
Final.
Comecei a mil por hora, já que não entendia muito de português, nada de informática e muito menos de direito. Decorava todos os macetes que nos passavam. Ia pra aula de manhã e tarde. A noite reforçava tudo aquilo que aprendi durante o dia.
Abri mão de muitas coisas, como, por exemplo, do meu tempo, emprego e dos amigos, devido ao sonho de ter uma vida boa. Queria trabalha em um lugar que nunca havia feito e nem falado, mas isso não me importava. Só o salário me interessava.
Foram meses nesta rotina. Aulas durante e dia e revisão na noite. Os professores viraram meus melhores amigos. Não havia um dia em que eu não ficasse com eles por mais dez minutos depois da aula tirando dúvidas. Comecei a odiar meus colegas de sala, mesmo nunca tendo demonstrado isso a eles. Afinal de contas, eram meus concorrentes, não poderia mostrar raiva e, muito menos, medo deles.
O dia da prova estava chegando, assim como meu nervosismo. Já tinha decorado mais de 90% de tudo aquilo que os professores nos falavam durante as aulas. “Vou a volta da crase há”. “Vou a, volte de crase pra quê?”. LIMPE, SIND NIC PRAC, PF do PADRE... etc. Estava espantado comigo mesmo de ter conseguido decorar todos os macetes que nos passaram. Minha vontade de passar no concurso me submetera a fazer coisas que jamais havia pensado em fazer, como estudar, ler, interpretar textos, todos os dias por 4 horas seguidas.
Então chegou o domingo. Acordei cedo, fui dar uma corrida para descansar a mente. No almoço preferi comida leve. Cheguei ao local da prova uma hora antes para me familiarizar com o local. Fiz a prova em exatas duas horas e cinqüenta e dois minutos. Saí confiante do local da prova, podendo ter a certeza que conseguiria passar.
Fiquei entre os sessentas primeiros, foi uma festa só. Todos meus familiares e amigos que eu ainda tinha me felicitaram por esta conquista surpreendente, pois nunca fui de estudar. Estava cansado, exausto, mas feliz por saber que todo aquele meu esforço não havia sido em vão, que valeu a pena todos os dias que estudei. Cheguei até a ouvir de alguns deles que eu passara por milagre de Deus.
Porém, toda esta euforia foi por água abaixo. Mais de três mil reclamações sobre a prova, pois alegaram que muitas pessoas entravam nas salas sem se identificar, e alguns até recebendo o gabarito feito. No entanto nada foi feito, e fiquei esperando ser chamado. Inúmeras vezes eu fui dar queixa por não ter sido chamado, e tudo que me falavam era para ter paciência que uma hora iriam me chamar.
Passaram-se anos e não fui chamado, mesmo sabendo de pessoas que sabiam menos da metade e fizeram menos pontos que eu foram chamados, um fato que até hoje me deixa nervoso e confuso de como isso possa ter acontecido.
Agora estou aqui, em casa, com 26 anos, desempregado. Se eu me esforçasse como me esforcei pra passar no concurso no meu antigo emprego, tenho a certeza que seria, pelo menos, gerente da loja e, obviamente, não estaria desempregado. Porém, a ganância em querer ter um trabalho com pouca carga horária somados com um bom salário me fizeram cegar com as possibilidades que estavam na minha frente.
Porém, meu antigo chefe me convidou para voltar à loja, aceitei na hora. Agora é trabalhar em dobro para recuperar o tempo perdido, devido a uma fantasia ofertada pelos “donos” do poder.
__
Com fim dessa história, voltarei a publicar notícias do nosso cotidiano, semanalmente na Quarta-Feita.
Um abraço,
Felipe Fagundes!
Terminarei a história de um cidadão como nós que fora abduzido pelos Concursos Públicos. ENtão, sem muitas "balelas", vamos ao Final, afinal de contas.
__
Final.
Comecei a mil por hora, já que não entendia muito de português, nada de informática e muito menos de direito. Decorava todos os macetes que nos passavam. Ia pra aula de manhã e tarde. A noite reforçava tudo aquilo que aprendi durante o dia.
Abri mão de muitas coisas, como, por exemplo, do meu tempo, emprego e dos amigos, devido ao sonho de ter uma vida boa. Queria trabalha em um lugar que nunca havia feito e nem falado, mas isso não me importava. Só o salário me interessava.
Foram meses nesta rotina. Aulas durante e dia e revisão na noite. Os professores viraram meus melhores amigos. Não havia um dia em que eu não ficasse com eles por mais dez minutos depois da aula tirando dúvidas. Comecei a odiar meus colegas de sala, mesmo nunca tendo demonstrado isso a eles. Afinal de contas, eram meus concorrentes, não poderia mostrar raiva e, muito menos, medo deles.
O dia da prova estava chegando, assim como meu nervosismo. Já tinha decorado mais de 90% de tudo aquilo que os professores nos falavam durante as aulas. “Vou a volta da crase há”. “Vou a, volte de crase pra quê?”. LIMPE, SIND NIC PRAC, PF do PADRE... etc. Estava espantado comigo mesmo de ter conseguido decorar todos os macetes que nos passaram. Minha vontade de passar no concurso me submetera a fazer coisas que jamais havia pensado em fazer, como estudar, ler, interpretar textos, todos os dias por 4 horas seguidas.
Então chegou o domingo. Acordei cedo, fui dar uma corrida para descansar a mente. No almoço preferi comida leve. Cheguei ao local da prova uma hora antes para me familiarizar com o local. Fiz a prova em exatas duas horas e cinqüenta e dois minutos. Saí confiante do local da prova, podendo ter a certeza que conseguiria passar.
Fiquei entre os sessentas primeiros, foi uma festa só. Todos meus familiares e amigos que eu ainda tinha me felicitaram por esta conquista surpreendente, pois nunca fui de estudar. Estava cansado, exausto, mas feliz por saber que todo aquele meu esforço não havia sido em vão, que valeu a pena todos os dias que estudei. Cheguei até a ouvir de alguns deles que eu passara por milagre de Deus.
Porém, toda esta euforia foi por água abaixo. Mais de três mil reclamações sobre a prova, pois alegaram que muitas pessoas entravam nas salas sem se identificar, e alguns até recebendo o gabarito feito. No entanto nada foi feito, e fiquei esperando ser chamado. Inúmeras vezes eu fui dar queixa por não ter sido chamado, e tudo que me falavam era para ter paciência que uma hora iriam me chamar.
Passaram-se anos e não fui chamado, mesmo sabendo de pessoas que sabiam menos da metade e fizeram menos pontos que eu foram chamados, um fato que até hoje me deixa nervoso e confuso de como isso possa ter acontecido.
Agora estou aqui, em casa, com 26 anos, desempregado. Se eu me esforçasse como me esforcei pra passar no concurso no meu antigo emprego, tenho a certeza que seria, pelo menos, gerente da loja e, obviamente, não estaria desempregado. Porém, a ganância em querer ter um trabalho com pouca carga horária somados com um bom salário me fizeram cegar com as possibilidades que estavam na minha frente.
Porém, meu antigo chefe me convidou para voltar à loja, aceitei na hora. Agora é trabalhar em dobro para recuperar o tempo perdido, devido a uma fantasia ofertada pelos “donos” do poder.
__
Com fim dessa história, voltarei a publicar notícias do nosso cotidiano, semanalmente na Quarta-Feita.
Um abraço,
Felipe Fagundes!
Assinar:
Postagens (Atom)